LATINIDAD - UMA COMPREENSÃO DA IDENTIDADE LATINO-AMERICANA A PARTIR DA “NUEVA CANCIÓN” NAS DÉCADAS DE 1960 A 1980
Luiz Carlos Ferreira de Barros Menezes[1]
La obligación de cada artista es la de poner su poder creador al servicio de los hombres. Ya está añejo el cantar a los arroyos y a las florcitas. Hoy la vida es más dura y el sufrimiento del pueblo no puede quedar desatendido por el artista.
Violeta Parra
Introdução
A “Nova Canção” iniciada em fins da década de 50 do século XX no Chile, irradiou-se para diversos países da América Latina e tomou forma em outros movimentos congêneres. Institucionalizou-se através do movimento “Nuevo Cancionero” na Argentina em 1963. Em Cuba, 1967, “Nueva Trueva”; no Uruguai foi chamada de “Nuevo Canto”, na sua versão européia foi chamada de “Nueva Canción Catalana” sendo substituída por “Nueva Canción Castellana”. Ainda que de língua Portuguesa, o Brasil não ficou imune à esta irradiação cultural, sofrendo sua influência a “Bossa Nova” e “Tropicália”. Nova Canção, portanto, é uma terminologia genérica que integra os mais diversos movimentos culturais latinos americanos das décadas 50 a 80 do século XX. Nessa perspectiva é que é analisado neste trabalho.
De forma particular consistiu em um repúdio à cultura invasiva capitalista e especialmente à estadunidense, buscando fortalecer-se enquanto identidade, em um processo de reflexão quanto ao ser latino-americano.